“... mergulhados em lágrimas, mas sempre cheios de profunda alegria; vivendo
de mãos vazias, mas enriquecendo muitos; não tendo nada, mas possuindo tudo”.
2 Co 6.10
“Se esperamos em Cristo
só para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”
1 Co 15.19
Ser cristão é não ter nada e, ao mesmo tempo, possuir tudo. É não ter
direito de viver, mas, mesmo assim, possuir o dom gratuito da vida. É não ter a
certeza do próximo segundo, mas estar seguro com a promessa de vida eterna. É,
muitas vezes, não ter motivos pra sorrir, mas descansar na verdadeira paz que
excede todo entendimento. É não se apegar a nada e nem a ninguém, mas apenas
Àquele que nos confia tudo e todos por um tempo determinado. É não saber ao
certo quanto tempo ainda se tem, mas ter por certa a eternidade ao lado do
Eterno.
Ser cristão é estar preparado para tudo perder, sem perder nada do amor
de Cristo. Ah, se pelo menos os cristãos estivessem mais preparados para perder
as coisas que não importam!
É curioso perceber como os que menos têm são, em regra, os que mais dão.
Talvez por serem mais desprendidos. Talvez por não terem tanto a que se apegar.
Talvez por não existirem tantos obstáculos e distrações entre o seu coração e o
coração de Deus.
Ser cristão é andar de mãos vazias, mas com o coração cheio... de
esperança, de amor, de vontade de ajudar o próximo.
Mãos vazias estão sempre prontas para enriquecer o próximo. Mãos
humildes não se negam a enobrecer as vidas ao seu redor. Mãos vazias dão pão a
quem tem fome, dão água a quem tem sede, dão novos motivos para viver àqueles
que já não possuem nenhum. Mãos vazias sabem que não existe um tempo para
ajudar, pois todo tempo é tempo de abençoar. Um abraço, um sorriso, uma
atenção, uma conversa, uma doação...só estão dispostos a fazê-lo aqueles que
escolhem abrir as mãos.
Um cristão que faça jus ao nome de Cristo sempre se mostra de mãos
vazias, desprendidas e desapegadas, pois não as deixa se encherem ou incharem.
Antes que se encham, doa. Antes que se inchem, abençoa. Mãos vazias sabem que as
mãos que se enchem ou se incham do cristianismo destoam. Pois com Cristo não se
parece quem do próximo se esquece.
Braços abertos, mãos vazias. Foi assim que Cristo morreu. É assim que
Ele quer que você viva. Ressuscitou, trouxe esperança sem fim. Foi assim que
Ele venceu a morte. É assim que Ele quer que você faça voltar à vida aqueles que
há muito se acostumaram apenas a existir. Cristo se entregou por inteiro, de corpo, alma e coração por você. Você também pode - e deve - fazer o mesmo pelo próximo.
Por Fernando Khoury
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