“... mergulhados em lágrimas, mas sempre cheios de profunda alegria; vivendo
de mãos vazias, mas enriquecendo muitos; não tendo nada, mas possuindo tudo”.
2 Co 6.10
“Se esperamos em Cristo
só para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”
1 Co 15.19
Ser cristão é não ter nada e, ao mesmo tempo, possuir tudo. É não ter
direito de viver, mas, mesmo assim, possuir o dom gratuito da vida. É não ter a
certeza do próximo segundo, mas estar seguro com a promessa de vida eterna. É,
muitas vezes, não ter motivos pra sorrir, mas descansar na verdadeira paz que
excede todo entendimento. É não se apegar a nada e nem a ninguém, mas apenas
Àquele que nos confia tudo e todos por um tempo determinado. É não saber ao
certo quanto tempo ainda se tem, mas ter por certa a eternidade ao lado do
Eterno.
Ser cristão é estar preparado para tudo perder, sem perder nada do amor
de Cristo. Ah, se pelo menos os cristãos estivessem mais preparados para perder
as coisas que não importam!
É curioso perceber como os que menos têm são, em regra, os que mais dão.
Talvez por serem mais desprendidos. Talvez por não terem tanto a que se apegar.
Talvez por não existirem tantos obstáculos e distrações entre o seu coração e o
coração de Deus.
Ser cristão é andar de mãos vazias, mas com o coração cheio... de
esperança, de amor, de vontade de ajudar o próximo.
Mãos vazias estão sempre prontas para enriquecer o próximo. Mãos
humildes não se negam a enobrecer as vidas ao seu redor. Mãos vazias dão pão a
quem tem fome, dão água a quem tem sede, dão novos motivos para viver àqueles
que já não possuem nenhum. Mãos vazias sabem que não existe um tempo para
ajudar, pois todo tempo é tempo de abençoar. Um abraço, um sorriso, uma
atenção, uma conversa, uma doação...só estão dispostos a fazê-lo aqueles que
escolhem abrir as mãos.
Um cristão que faça jus ao nome de Cristo sempre se mostra de mãos
vazias, desprendidas e desapegadas, pois não as deixa se encherem ou incharem.
Antes que se encham, doa. Antes que se inchem, abençoa. Mãos vazias sabem que as
mãos que se enchem ou se incham do cristianismo destoam. Pois com Cristo não se
parece quem do próximo se esquece.
Braços abertos, mãos vazias. Foi assim que Cristo morreu. É assim que
Ele quer que você viva. Ressuscitou, trouxe esperança sem fim. Foi assim que
Ele venceu a morte. É assim que Ele quer que você faça voltar à vida aqueles que
há muito se acostumaram apenas a existir. Cristo se entregou por inteiro, de corpo, alma e coração por você. Você também pode - e deve - fazer o mesmo pelo próximo.
Por Fernando Khoury
Há quem queira abrir porta que Deus fechou.
Há quem insista em fechar porta que Deus já abriu.
Há quem se esforce para derrubar pessoas que Deus chamou.
Há quem chame pessoas que Deus sequer comissionou.
Há quem fale palavras que nunca saíram da boca de Deus.
Há quem se omita em dizer o que Deus mandou falar.
Há quem se alegre com coisas que fazem Deus se entristecer.
Há quem se entristeça com coisas que fazem o coração de Deus se alegrar.
Há quem use o ministério com fins próprios, para poder apenas se exaltar e aparecer.
Há quem busque se exaltar e aparecer, apenas para se sentir usado no ministério.
Há quem insista em fechar porta que Deus já abriu.
Há quem se esforce para derrubar pessoas que Deus chamou.
Há quem chame pessoas que Deus sequer comissionou.
Há quem fale palavras que nunca saíram da boca de Deus.
Há quem se omita em dizer o que Deus mandou falar.
Há quem se alegre com coisas que fazem Deus se entristecer.
Há quem se entristeça com coisas que fazem o coração de Deus se alegrar.
Há quem use o ministério com fins próprios, para poder apenas se exaltar e aparecer.
Há quem busque se exaltar e aparecer, apenas para se sentir usado no ministério.
Há quem faça, em nome de Deus, coisas que Deus jamais mandou fazer.
Há quem deixe de fazer coisas que Deus sempre
pediu que fizesse.
Há quem acredite estar fazendo a obra de Deus, quando está fazendo a do diabo.
Há quem sabe estar fazendo a obra do diabo, e continua fingindo
que está fazendo a obra de Deus.
Senhor, livra-me de ser um desses...mas não só!
Livra-me também desses, porque eles estão por aí,
À solta, mudando de postura de acordo com o ambiente,
E não o ambiente conforme sua postura.
Aproximando quem deveria se afastar
E afastando e decepcionando de vez quem precisa se aproximar.
Eles estão por aí, pregando, discipulando
Com aparência de piedade, mas destituídos de poder.
Eles estão por aí, abençoando dez e corrompendo cem,
Com máscara de santidade, mas com mãos sujas e mente depravada.
Eles estão por aí, num escondido e apaixonado flerte com o
pecado.
Fingindo ser o que não são para parecer ser o que jamais
serão...
Pelo menos enquanto não houver sincero arrependimento e pedido
de perdão.
Cuidado com os líderes que você segue. Eles podem estar mais
perdidos que você.
Por Fernando Khoury
O
Papa é um fofo. Essa é a frase que mais tenho lido e escutado nos últimos dias,
desde que Jorge Mario Bergoglio aterrissou em solo brasileiro. Seja católico,
evangélico, muçulmano, judeu, ateu, espírita, umbandista; seja hetero ou
homossexual; seja mídia impressa ou televisiva; seja argentino ou brasileiro –
enfim, seja quem for – essa é a frase que está na boca e no coração do povo: “o
Papa Francisco é um fofo”.
E
realmente é. Um Papa sorridente, carismático, humilde, que pede ao povo que
reze por ele, realmente é um Papa fofo. Ou pelo menos continuará sendo “um fofo”
até que os filhos dessa terra dourada e mãe gentil chamada Brasil percebam que
a mensagem anunciada por Bergoglio não é tão áurea e amável assim, e tampouco agradável
e conveniente aos interesses de todos.
Minha
dúvida é se esse mesmo povo – que hoje considera o Papa um fofo – continuará nele
enxergando as mesmas fofurices que diz hoje existirem quando atentar para a
profundeza da mensagem anunciada e perceber que ela não é tão fofa e
interessante quanto parece.
“Ide
e fazei discípulos” é o lema da Jornada Mundial da Juventude 2013. Ir, fazer
discípulos, batizar, ensinar as pessoas a guardarem as coisas que Jesus ensinou
é a ordenança que o Deus encarnado, morto e ressurreto deixou para os seus. Anunciar
o escândalo que a mensagem da cruz representa, do amor constrangedor de um Deus
que não mede esforços ou limites para trazer o ser humano de volta para Si.
Isso é anunciar o evangelho.
A
verdade, na maioria das vezes, não é fofa nem agradável. Costuma ser dura,
costuma nos confrontar e fazer refletir. A verdade nos leva a quebrar
paradigmas, preconceitos; nos leva ao arrependimento. Se a mensagem da cruz não
tem o poder de causar nenhuma dessas reações em nós, uma de duas coisas está
errada: ou o mensageiro está adulterando a verdade bíblica para agradar os
ouvintes, ou o destinatário da mensagem está recortando seu conteúdo para apenas
absorver o que interessa e jogar fora o que para si não convém. Acredito que,
nesse momento, estamos vivendo o segundo erro. Preste atenção no que o Papa
Francisco tem dito:
“Hoje, mais ou menos
todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de
tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o
dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de
solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações,
destes ídolos passageiros.”
“O casamento gay é uma
manobra do diabo para destruir a família.”
"Se nós não
professarmos Jesus Cristo, nos converteremos em uma ONG piedosa, não em uma noiva
do Senhor."
“A fé em Jesus Cristo
não é enrolação, é algo muito sério. É um escândalo que Deus se tenha feito um
de nós, é um escândalo, e que tenha morrido numa cruz, é um escândalo. O
escândalo da cruz. A cruz segue sendo um escândalo, mas é o único caminho
seguro, aquele da cruz, aquele de Jesus, a encarnação de Jesus."
"A fé é inteira e
não se liquefaz. É a fé em Jesus. É a fé no Filho de Deus feito homem, que amou
e morreu por mim.”
A
igreja de Cristo não pode – e não deve – almejar agradar a todo o mundo. A
verdade de Cristo deve ser anunciada em sua inteireza, sem nunca visar o que o
povo quer ouvir, mas sim o que precisa ser ouvido, mesmo que contrário às
conveniências humanas – e isso o Papa está fazendo. Jesus não foi um fofo. O
Papa também não está sendo. Preste atenção na forma como você está absorvendo a
mensagem. Não ouça apenas o que quer ouvir. Não faça recortes. Você precisa ouvir
a mensagem da cruz. Como ela é. E a mensagem é esta: “Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nEle crê não pereça,
mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
Por Fernando Khoury
“Vocês nem sabem o que
lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece
por um pouco de tempo e depois se dissipa.”
Tiago 4.14
“Senhor, que é o homem
para que te importes com ele, ou o filho do homem para que por ele te
interesses? O homem é como um sopro; seus dias são como uma sombra passageira.”
Salmos 144.3-4
Frágil. Todo ser humano deveria
vir com um adesivo colado em seu corpo contendo aquele tão antigo e conhecido
alerta descrito nas caixas de papelão: "CUIDADO! FRÁGIL. MANTER LONGE DO
FRIO E CALOR. SUJEITO A QUEBRAS E RANHADURAS".
Somos sujeitos às intempéries da
vida. Suscetíveis à solidão, à depressão e ao sofrimento. Fracos e sedentos
diante do intenso e desconfortável calor do deserto. Sensíveis a palavras,
ofensas e atritos. Vulneráveis a tudo e a todos. Tudo na criação pode nos
atingir. Todas as criaturas possuem o poder de nos diminuir.
FRÁGIL. Essa é a nossa realidade.
Não importa o cargo profissional que você ocupe, a posição social que você
ostente ou quão inatingível você se sinta por qualquer outro tipo de orgulho
alimentado em seu interior: você continua sendo um vapor que aparece por um
breve instante e logo se desvanece (Tiago 4.14).
Tipos de orgulho são tipos
abertos, sutis, altamente flexíveis e facilmente moldáveis a qualquer situação.
Seja você rico ou pobre, sinta-se você bonito ou feio, julgue-se você religioso
ou não, o orgulho é uma espécie maquiavélica de célula-tronco que nunca para de
agir e se reproduzir em nós: a todo instante, é capaz de se transformar e de se
replicar em qualquer “tecido” do nosso ser, ocultando dos nossos sentidos o clamor
da intrínseca e gritante fragilidade que habita em nós.
É verdade. O orgulho possui esse
estranho poder de esconder nossa frágil natureza de nós mesmos; de obscurecer
nossa real dependência de um único Alguém que possa suprir plenamente as
carências que sentimos. O orgulho mente descaradamente para nós. Como um anjo
de luz, nos faz acreditar que somos tudo e, porque acreditamos que somos tudo,
acreditamos que podemos tudo... quando, na verdade, não passamos de uma sombra,
de um sopro (Salmos 144.3-4).
Reconhecer a impossibilidade de
se bastar a si mesmo já é um grande passo, pois romper com o orgulho é sempre passo
difícil de ser dado. É, no mínimo, ser sincero consigo mesmo. É assumir que um
sopro, por mais ensimesmado que seja, jamais pode se ver como furacão, pois sopros
não possuem existência própria. São sempre provenientes de um outro Alguém.
Reconhecer-se como sopro, portanto, é começar a encontrar a própria origem; é
descobrir de onde partimos e a quem pertencemos.
O sopro que eu sou não foi
proveniente de mim mesmo ou do acaso. Deus me formou do pó da terra, e soprou
em minhas narinas o sopro da vida. Foi através do fôlego de Deus que eu e você
nos tornamos almas viventes (Gênesis 2.7). Só temos vida porque Deus, em amor,
decidiu soprar o Seu próprio fôlego de vida em nós. Somos sopro de Deus, dEle
viemos e a Ele pertencemos.
Porém, o sopro assoprado para ser
eterno se ensimesmou, abandonou sua origem dependente e quis se tornar furacão.
Cegado pelo orgulho, se esqueceu de que furacões não existem sem ventos, e ventos
não existem sem sopro, e sopro não existe sem um pulmão que respire vida e
comunique o seu próprio fôlego ao que não tem fôlego de per se. O sopro gritou “independência ou morte”, perdeu o fôlego e
morreu.
O sopro que era eterno, pleno e saudável
– pois ligado à videira – tornou-se fugaz, vazio e doente. Tudo porque a real
percepção de si mesmo foi obscurecida pelo orgulho, e pelo orgulho nasceu o
pecado, e do pecado veio a separação entre sopro e pulmão, e da desunião entre
sopro e pulmão, a morte.
Mas Deus voltou a soprar. O
fôlego de vida fez-se sopro para a morte derrotar. Soprou-se a si mesmo, suportou
a morte em meu lugar.
E, agora, felizes, os sopros
podem, livres, ao pulmão retornar. Pois Jesus fez-se sopro incorruptível, para
que os sopros corruptíveis regressassem ao verdadeiro lar. O pulmão é Deus, e
sem ele não se pode respirar.
Pare de utilizar aparelhos
artificiais de respiração. Respire Jesus, pois só o sopro dEle pode te dar a
salvação.
“Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo.
Entrará e sairá, e encontrará pastagem.”
Jesus- Evangelho de
João 10.9
No corredor da vida, invariavelmente nos
deparamos com os mais diferentes tipos de portas. Algumas já abertas, outras
totalmente fechadas, umas apenas encostadas ou entreabertas.
Costumo pedir a
Deus por todas elas.
Para as portas que
já estão abertas, peço a Deus que as feche, se não são essas as portas pelas
quais Ele quer que eu entre... e, principalmente, que Ele feche meus olhos e
mude o meu coração, para que não me sinta atraído pelo aparente brilho de uma
luz que, pelo simples fato de não ser da vontade de Deus, em mim seria
escuridão.
Para as portas que estão fechadas, peço que Deus me dê coragem de abri-las, se for da vontade dEle que por elas eu passe... e, principalmente, que Ele me dê confiança além das circunstâncias para desejar, mesmo sem saber ao certo, o que me aguarda do outro lado da porta. Fé para desejar o que Deus deseja. Mais amor para só sonhar o que Deus sonha. Contentamento para esperar em minha vida apenas o que procede da mente de Deus.
Para as portas que estão encostadas ou entreabertas, peço a Deus discernimento e clareza de sua vontade, para que não seja sutilmente levado pela onda da dúvida e naufragado pela correnteza da confusão.
Porque desejar para si o que de Deus não procede é dizer amar a Deus, mas ter o diabo como amante; é dizer-se obediente, mas ter prazer em flertar com a tentação; é dar um passo à frente estando à beira do abismo; é trocar deliberadamente a vida pela morte.
Obrigado, Jesus, por todas as portas que o Senhor fechou, abriu e esclareceu em minha vida. Obrigado, Jesus, porque o Senhor é a única porta que está sempre aberta para a salvação de todos aqueles que passam por ti. E quem por ti verdadeiramente passa nunca mais consegue ser o mesmo; nunca mais consegue voltar atrás.
por
Fernando Khoury
Às vezes me sinto batendo seguidamente a cabeça na parede...nadando contra a correnteza. Não por teimosia, tampouco por falta de capacidade. Talvez por falta de clareza mesclada com gotas de medo. É como se existisse um hiato inseparável e intransponível, além das minhas forças, que impede o meu esforço de alcançar o objetivo ao qual se propõe. Talvez eu ainda me sinta assim por estar descobrindo, aos poucos, o que Deus verdadeiramente quer de mim.
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo pra todo propósito debaixo do céu (Eclesiastes 3). Talvez esse seja o tempo de descobrir. Se a parede não muda de lugar, talvez seja hora de eu mudar de posição. Se a correnteza não muda de direção, talvez seja hora de eu mudar o sentido dos meus passos. Talvez essa seja a hora de começar a mudar os planos; de parar de remar contra a maré; de seguir a direção do vento, olhar pra cima e enxergar no céu o lindo desenho que Deus está querendo formar com as nuvens - pois uma certeza tenho: Ele está no controle da minha vida e a minha maior vontade é fazer a vontade daquele que me criou!
Por Fernando Khoury
Um homem e uma mulher, ambos brasileiros e cristãos, estavam presos no Senegal há 5 meses em condições humilhantes. A acusação? Uma inventada formação de quadrilha somada a um falacioso tráfico de menores. Na prática? Ajuda a crianças carentes e ensino da Palavra de Deus. Na realidade, perseguição religiosa institucionalizada, deflagrada por um pai que viu seu filho se converter do Islã ao Cristianismo.
Você viu a mídia se engajar na luta pela libertação desses dois missionários? Eu não. O que vi - e continuo vendo - são manchetes e mais manchetes sobre o (in)Feliciano, o beijo gay e a Daniela Mercury assumindo que “Malu agora é minha esposa”. O que li - e continuo lendo - são notícias e mais notícias sobre torcedores do Corinthians presos na Bolívia há 2 meses pelo disparo de um rojão no estádio que acabou tirando a vida de um jovem inocente. Não me impressiona mais a mídia explorar em excesso temas sensacionalistas e ofuscar temas legítimos e de suma importância de verdadeiros cristãos.
Você viu o governo brasileiro defender e intervir efetivamente em âmbito internacional em prol desses dois missionários brasileiros? Eu não. Na verdade, o que vi foi o governo se empenhando muito mais efetivamente pela libertação dos torcedores corintianos. Não me impressiona muito a falta de interesse do governo brasileiro em proteger seus nacionais das mãos de violadores de direitos humanos - principalmente quando esses nacionais são cristãos.
Não fosse a união e o empenho internacional do corpo de Cristo - inclusive da ONG Rio de Paz -, esses dois irmãos ainda estariam confinados lá naquele martírio legalizado.
Hoje, cinco meses depois e pela graça de Deus, José Dilson e Zeneide foram libertos temporariamente por um habeas corpus, até o julgamento final em 30 dias.
Continue orando e atento à verdadeira realidade; não à realidade publicada. Porque daqui a 30 dias, o (in)Feliciano continuará sendo notícia nos jornais e com certeza ainda haverá outros beijos gays para entreter o circo. Afinal, o palhaço jornalístico brasileiro clama sempre carente por atenção e aplausos. Não existem muitas notícias mais importantes do que essas para serem divulgadas. A verdadeira realidade dos verdadeiros cristãos não vende jornal.
Você viu a mídia se engajar na luta pela libertação desses dois missionários? Eu não. O que vi - e continuo vendo - são manchetes e mais manchetes sobre o (in)Feliciano, o beijo gay e a Daniela Mercury assumindo que “Malu agora é minha esposa”. O que li - e continuo lendo - são notícias e mais notícias sobre torcedores do Corinthians presos na Bolívia há 2 meses pelo disparo de um rojão no estádio que acabou tirando a vida de um jovem inocente. Não me impressiona mais a mídia explorar em excesso temas sensacionalistas e ofuscar temas legítimos e de suma importância de verdadeiros cristãos.
Você viu o governo brasileiro defender e intervir efetivamente em âmbito internacional em prol desses dois missionários brasileiros? Eu não. Na verdade, o que vi foi o governo se empenhando muito mais efetivamente pela libertação dos torcedores corintianos. Não me impressiona muito a falta de interesse do governo brasileiro em proteger seus nacionais das mãos de violadores de direitos humanos - principalmente quando esses nacionais são cristãos.
Não fosse a união e o empenho internacional do corpo de Cristo - inclusive da ONG Rio de Paz -, esses dois irmãos ainda estariam confinados lá naquele martírio legalizado.
Hoje, cinco meses depois e pela graça de Deus, José Dilson e Zeneide foram libertos temporariamente por um habeas corpus, até o julgamento final em 30 dias.
Continue orando e atento à verdadeira realidade; não à realidade publicada. Porque daqui a 30 dias, o (in)Feliciano continuará sendo notícia nos jornais e com certeza ainda haverá outros beijos gays para entreter o circo. Afinal, o palhaço jornalístico brasileiro clama sempre carente por atenção e aplausos. Não existem muitas notícias mais importantes do que essas para serem divulgadas. A verdadeira realidade dos verdadeiros cristãos não vende jornal.
Por Fernando Khoury
“Como então podemos saber o caminho?' Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.”
João 14.5
“Eis que Eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo; E todo aquele que crer Nela não será confundido.”
Romanos 9:33
“Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.”
Isaías 53:5-6
Se existe algo desesperador é querer chegar a um destino e não saber como. Não saber como ir, que transporte pegar, qual caminho seguir, em que rua virar. A única coisa que se sabe é que se quer – e muito – chegar. Mas quem é que chega sem saber que caminho trilhar?
Um dia desses estava perambulando por uma das movimentadas e calorentas ruas do Centro do Rio de Janeiro quando um turista desavisado que carregava uma bússola em sua mão me perguntou, com ar perdido, em que direção ficava a Igreja da Candelária – o monumento que ele mais ansiava conhecer no Rio.
Naquele momento, nos encontrávamos exatamente na esquina entre a Av. Rio Branco e a Av. Presidente Vargas. Quem conhece minimamente o Rio sabe que a Candelária fica exatamente na esquina entre essas duas ruas. Ou seja, na posição que estávamos, bastava olhar para frente e seguir ao sul pela calçada mais próxima por apenas 100 metros. É claro que existiam outros percursos, mas esse certamente era o mais rápido e seguro. É claro que existiam outras rotas mais sinuosas e incertas, mas todas elas, invariavelmente, só podiam apontar para um único sentido: o sul.
Eu sabia o caminho. Eu conhecia o destino a que aquele turista queria chegar, pois eu mesmo já havia trilhado meus passos até lá por diversas vezes. Então, apontando a direção com meus dedos, dei-lhe as coordenadas para que chegasse à Candelária.
Não sei por que, mas senti que o turista não havia acreditado na simplicidade da rota por mim proposta e na facilidade de se chegar ao destino que tanto almejava. Um ar de desconfiança dominou o seu semblante. Era como se aquele turista tivesse se decepcionado quando mostrei a ele que chegar ao destino que ele tanto almejava seria bem mais simples e fácil do que supunha. Não era preciso dar voltas. Não eram necessários mapas ou GPS. Não era preciso desvendar mistérios ou esclarecer dúvidas. A Candelária estava bem ali! Bastava seguir pela trilha que havia indicado. Bastava seguir em uma única direção. Bastava seguir ao sul.
Segundos depois, a impressão que havia sentido se confirmou: me agradecendo, o turista se despediu e firmou seus passos na direção oposta que lhe havia indicado. "Não preciso chegar tão depressa à Candelária", disse ele virando-se de costas. "Tenho tempo de sobra. Vou conhecer os arredores do Centro da Cidade primeiro".
Antes que pudesse
sair para sempre do meu alcance, segurei-lhe pelo ombro e proferi aquelas que
seriam minhas últimas palavras àquele turista: "Você é livre para tomar outros caminhos, mas lembre-se que a única
direção que leva ao destino em que você quer chegar é rumo ao sul. Não existe
outra”.
Ao vê-lo tomando a direção oposta, um sentimento de tristeza tomou conta de mim. Apesar de muito perto, aquele turista preferiu não alcançar o destino que tanto buscava. Pelo menos naquele momento.
O resto da história eu não sei. Não sei se ele acreditou nas minhas coordenadas. Não sei se ele conseguiu chegar ao destino final que tanto procurava. Não sei se, no meio do caminho, ele preferiu trocar a chance de conhecer a Candelária com seus próprios olhos pelos relatos de um guia experiente, que lhe contou a história e as curiosidades daquele monumento. Não sei se ele encontrou outra igreja histórica mais suntuosa e atrativa - e com ela se entreteu. Não sei se ele se deixou levar por outras vozes que lhe apontaram outras direções e acabou mudando o rumo. Não sei se ele duvidou e desistiu de buscar o que antes tão ardentemente procurava. Não sei.
O que sei é que
existia uma, e apenas uma, direção para chegar ao local que aquele turista
buscava. O que sei é que essa história parece muito com a jornada espiritual
das pessoas que me cercam.
Ao longo da vida, tenho esbarrado com muitos "turistas espirituais" em busca do divino. Alguns motivados pelo amor, outros pela dor. Alguns com mais avidez, outros com menos. Alguns com mais sede, outros nem tanto. Alguns muito perto de encontrar, outros um pouco mais longe. Mas todos carregando algo em comum: a busca de Deus.
Se, diante da pergunta daquele turista, eu tivesse respondido que todas as direções o levariam à Candelária, soaria ridículo. Se eu dissesse que todos os caminhos seriam capazes de levá-lo ao destino que tanto buscava, pareceria brincadeira. Ele sabia que existia uma direção certa que o levaria até o lugar que tanto queria encontrar. Ele esperava que eu apontasse um caminho específico. Não fosse assim, não teria parado para se informar. Seria perda de tempo.
Da mesma forma que
aquele turista, todos sabemos que, se queremos chegar a determinado lugar,
temos que pegar uma direção específica, um caminho certo. Sabemos que não são
todos os caminhos que nos levam aonde queremos. Do contrário, a vida real seria
um conto de fadas.
Esse dado incontestável que é uma realidade em nossa vida material também o deveria ser em nossa vida espiritual. Contudo, os "turistas espirituais" não costumam aplicar esse mesmo raciocínio para suas jornadas em busca do divino. Antes, preferem acreditar que todos os caminhos levam a Deus. Como se a busca de Deus fosse constituída pela confluência de vários rios paralelos que, num determinado momento, desembocam todos no mesmo oceano. No oceano de Deus, não existem rios. Há apenas um rio que flui do trono de Deus (Ap. 22.1-2).
Todos os caminhos em busca do divino levam a Deus? Jesus diz que não. Muito
pelo contrário: na seara espiritual, é mais apropriado dizer que todos os
caminhos levam o ser humano para longe de Deus! De fato, todos os caminhos
levam o homem a diferentes experiências religiosas, mas são incapazes de
produzir o encontro renovador da criatura perdida com seu único e autêntico Criador.
Todos os caminhos levam o ser humano a praticar “boas obras”, mas nenhuma delas
é capaz de purificar o ser humano de sua inata maldade e salvá-lo de sua real
perdição.
Apenas um caminho é
capaz de nos conduzir ao verdadeiro Deus. Todos os outros necessariamente nos
levam ao diabo. Há apenas um caminho, uma verdade, uma vida. E chegar a esse
caminho é mais simples do que você imagina. Não é preciso dar voltas
mirabolantes. Não é preciso peregrinar rumo ao misterioso. Não é preciso
compreender o incognoscível. Não é preciso ter uma experiência transcendental.
Basta seguir um só caminho. Basta seguir a Jesus.
Basta acreditar que Jesus
é o Deus eterno encarnado que, por amor, entrou no espaço-tempo e fez-se história ao vir à Terra para morrer no meu e no seu
lugar, pelos pecados que eu e você cometemos. Basta reconhecer que a nossa
rebeldia custou um preço demasiadamente alto: a vida do Filho de Deus foi dada
em nosso lugar, para pagar uma dívida que seríamos incapazes de quitar. Basta
crer que “ele foi ferido por causa das
nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que
nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho;
mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” . Tudo isso para nos
salvar da morte eterna e resgatar nosso relacionamento de amor com Deus. Tudo
isso por amor.
Esse é o caminho
simples que muitos “turistas espirituais” rejeitam. A pedra de tropeço que,
subestimada, derruba muitos “turistas espirituais” bem intencionados. A manjedoura que, desacreditada por sua simplicidade, faz muitos "turistas espirituais" procurarem outros caminhos. Jesus é o caminho para o qual a Bíblia aponta.
É a direção desprezada. O caminho desconfiado. A Bíblia é a bússola que aponta
para o Sul! O divino está ao alcance dos nossos olhos, naquela cruz de madeira
que estamos tão acostumados a menosprezar desde crianças. A distância que nos
separa do divino é a de uma simples oração, sincera, de arrependimento e de
aceitação de Jesus como único Senhor e Salvador.
Jesus não é uma
história bonitinha para crianças, tampouco um mito ou ficção. Jesus é Deus
encarnado, a terceira pessoa da Trindade, e como pessoa que é clama por
relacionamentos. Só nos relacionando com Ele, pela fé, poderemos dizer que O
conhecemos.
Não faça como aquele
turista. Acredite na simplicidade da rota e na facilidade de se chegar ao único
e verdadeiro Deus. O destino que você tanto almeja está perto. Olhe para cruz
com outros olhos. Entenda o seu real significado. Compreenda o seu imensurável
valor. Sinta o amor de Jesus por você. Conheça-o pessoalmente. Não troque a
chance de conhecê-lo com os olhos do seu próprio coração. Abandone todos os
relatos e interpretações de fontes secundárias, sejam elas quais forem. Leia
você mesmo a própria Bíblia – e não o que os outros escrevem sobre ela. Saiba
você mesmo o que a Bíblia diz – e não o que os outros dizem que ela diz. Leia o
evangelho segundo aquele que é o próprio Evangelho. Leia o evangelho segundo
Jesus Cristo. Qualquer outro evangelho é enganação travestida de verdade e
sabedoria; é outro caminho.
Não se deixe seduzir
por deturpações do verdadeiro Evangelho causadas por ícones religiosos que são
incapazes de te salvar. Não se deixe levar por outras vozes, nem por outras
direções. O caminho é simples e, talvez por isso mesmo, tão menosprezado e
complicado por nós. Eu descobri o caminho de volta pra casa. Descubra você
também. Ele está na Bíblia. Ele é Jesus.
Por
Fernando Khoury
Muitos choram a morte de Chorão. Eu também choro. Não pelo Chorão em si, mas pelo choro de uma alma que nunca encontrou o verdadeiro Consolo.
Choro pelas lágrimas caídas ao chão de alguém que tinha tudo, e ao mesmo tempo nada. Choro pela dor de alguém que escolheu encher-se do vazio do mundo; por alguém que buscou o Amor onde ele não pode ser achado.
Eu choro, enfim, não apenas pelo Chorão que se foi, mas pelos Chorões que ainda existem e um dia existirão, e que, carentes, daqui irão, sem nunca ter conhecido o Amor do Pai refletido em Jesus.
Quanto ao real Chorão e aos recentes relatos que afirmam ter sido o mesmo apresentado a Cristo, anseio muito que seja verdade. Espero, sinceramente, que ele tenha sido o ladrão da cruz que, em seu último suspiro, sentiu o amor e graça de Jesus e, nEle crendo, recebeu a salvação. Porque eu creio na graça avassaladora do Amor que salva até o último instante.
Por Fernando Khoury
"Bem-aventurados
os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia." (Mateus 5.7)
Quem nunca notou o afastamento de
alguém? De uma pessoa que antes era próxima, se fazia presente, ativa, participante
e, por isso mesmo, era sempre lembrada? Se não todos, a maioria sempre nota.
Mas essa mesma maioria que sempre nota facilmente se acostuma com a ausência em
si. Não deveria.
O curioso é ouvir as explicações que
brotam – talvez por terem sido propositalmente enxertadas por um maquiavélico agricultor
– no inconsciente coletivo: “fulano está mais distante por causa do trabalho”, “é
porque ele casou”, “ah, ele está com muitos afazeres”, “está estudando pra
concurso...”.
Não que essas explicações não
tenham conexão com a realidade dos fatos. Não que essas justificativas sejam falaciosas.
De fato, muitas vezes, a pessoa que se afastou está realmente trabalhando
muito, ou dando especial atenção ao novo cônjuge, ou cheio de problemas para
resolver, ou, então, quem sabe, estudando horrores para ser aprovado num
concurso.
Contudo, aceitar tais fatos como reais
justificativas para o afastamento de alguém beira ao comodismo inocente e
irresponsável de aceitar que nos digam que “fulano se afastou porque está
vivendo”. E ninguém se afasta por estar vivendo! As pessoas se afastam, isto
sim, por tudo e todos que agridem e machucam sua vida: decepções, frustrações, mentiras, dor... lágrimas muitas
vezes silenciosas, ocultas, internas, totalmente imperceptíveis para aqueles
que se contentam com explicações do tipo “fulano se afastou porque está vivendo”.
Lembre-se: ninguém se afasta por
estar vivendo. Pessoas se afastam por estarem sofrendo. Da próxima vez que
alguém, antes próximo, se tornar ausente, você tem o dever de perguntar a si
mesmo: “O que está por detrás dessa ausência?” “O que esse alguém está
sofrendo?” E, depois, faça-se presente para aquele que se ausentou. Faça-se
próximo daquele que se afastou. Seja ouvidos para aquele que não tem o que
falar. Seja abraços para aquele que, encolhido em sua dor, não vê motivos para
abraçar. Chore junto com ele. Ajude a enxugar suas lágrimas com a toalha da
oração.
Ter misericórdia é ter compaixão
pela necessidade do próximo. É se afeiçoar à sua dor, tristeza e sofrimento. Não
se torne apático e insensível às lágrimas ocultas do afastamento de alguém –
até porque amanhã o “alguém distante” pode ser você. Isso sim é viver
genuinamente o amor de Cristo.
Por Fernando Khoury