:: Algo está errado ::
Perder alguém. Existe algo pior do que perder alguém que você ama? Não poder mais olhar nos olhos, não poder mais ouvir a voz, não poder mais abraçar. Uma vida inteira resumida a lembranças, fotografias, cartas. É tudo o que resta, e nada mais.

A mente se nega a admitir que aquela pessoa tão amada se foi. A ficha demora a cair. Num primeiro momento, você não acredita que aquilo possa ser verdade. Pensamentos não param. A impressão que dá é que tudo não passa de um grande sonho ruim. Até que você constata que deitar a cabeça no travesseiro e dormir um sono leve não é mais tão fácil como era há poucos dias atrás. E, quando o sono chega, você acorda se perguntando se aquilo tudo realmente aconteceu. É assim mesmo... Muitos dias irão passar até que sua mente assimile a triste realidade: a pessoa que você ama se foi, e se foi pra sempre.

Pranto, dor, lágrimas. POR QUÊ? – essa é a pergunta que não pára de pulsar no coração de quem perde alguém que ama. Não há muito que falar. Não há nada para ser respondido. Num momento como esse, palavras de consolo costumam não resolver muito, pois a dor da perda é muito pessoal. Às vezes, um simples abraço é o melhor conforto que se pode dar nessa hora.

De fato, na vida existem vários tipos de sofrimento; disso, ninguém duvida. Mas por que a morte de alguém que amamos é o ápice da dor? Isso, para muitos, ainda é um mistério.

Na verdade, a resposta para tal pergunta está na própria função da dor. Isso mesmo, função da dor! A dor, como tudo na vida, tem um propósito: alertar ao seu receptor que algo está errado. É por isso que quando sinto dor de dente, por exemplo, sei que preciso ir ao dentista. Da mesma forma, quando sinto dor no tornozelo, procuro logo um ortopedista. Sensível a isso, C.S. Lewis (teólogo) disse que "todo homem sabe que algo está errado quando sente dor". A dor é um mecanismo preventivo que Deus colocou no ser humano para que ele soubesse que algo não vai bem. É exatamente essa a sensação que eu e você temos quando sentimos dor. Esse é um princípio universal instituído pelo próprio Deus.

Por esse motivo, quando perdemos alguém que amamos, a dor em nossa alma nos indica que alguma coisa está estranha: "não deveria ser assim", "isso está errado", "por que as coisas têm que ser desse jeito?"... Até aqui, tudo bem. Mas, no fundo, o que de fato está errado? O que a dor que sentimos quer nos mostrar? A dor quer nos mostrar que Deus não nos criou para morrer, mas para ser eternos, para ter laços de afeição e relacionamentos eternos. A dor que sentimos nos mostra que a perda de alguém é algo que está errado, que vai contra a nossa natureza e, por isso, faz o nosso coração chorar amargamente. Isso não estava de acordo com o plano inicial de Deus. A dor, a morte e o sofrimento são frutos do afastamento do homem de Deus desde o início da criação.

É por isso que Deus colocou em todo ser humano a esperança e a certeza de que a vida não pode acabar aqui. Deus pôs a eternidade no coração do homem (Eclesiastes 3.11) para que ele se voltasse a Deus e reconquistasse a vida, perdida pelo afastamento do Criador.

Assim, buscando resgatar o homem ao plano inicial de Deus, Jesus veio ao mundo para dar vida eterna a todos aqueles que creiam no Seu nome e vivam como Ele viveu. Isso é promessa de Deus: "EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA. QUEM CRÊ EM MIM, AINDA QUE MORRA, VIVERÁ” (João 11.25). EU ENXUGAREI DE SEUS OLHOS TODA LÁGRIMA; E NÃO HAVERÁ MAIS MORTE, NEM HAVERÁ MAIS PRANTO, NEM LAMENTO, NEM DOR." (Apocalipse 21:4)

Enfim, os olhos de Deus são diferentes dos nossos. O que pra nós é morte, pra Deus é vida. O que pra nós é o fim, pra Deus é apenas o começo. O que para nós é o último fechar de olhos, para Deus é o primeiro abrir. É essa a certeza que devemos ter ao nos lembrar de nossos familiares cristãos que foram para o lado de Deus, até mesmo porque "a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento" (Johnny Welch). Não deixemos nunca essa certeza morrer em nossos corações, pois "a maior tragédia do homem é o que morre dentro dele quando ele ainda está vivo" (Albert Schweitzer).

Por todas essas razões, não temos o direito de ficar com raiva de Deus, pois o Deus que às vezes tira algo que amamos é o mesmo Deus que nos traz algo que aprendemos a amar...Por isso, não devemos reclamar pelo que nos foi tirado temporariamente, mas sim aprender a amar o que nos foi dado e a agradecer pela oportunidade que tivemos. No mais, nos resta aguardar com paciência pelo reencontro, um dia, nos céus. Só neste momento saberemos o que é vida de verdade.

(por Fernando Khoury)
:: Pra quem não namora ::
Todo ano, a mesma coisa. Você se esforça, sai à noite, se produz, tenta de tudo, mas não adianta: aquela pessoa que você tanto procura parece que não existe ou, se existe, está procurando qualquer outra pessoa, menos você. Pra quem não namora, o dia 12 de Junho, mesmo que caia numa segunda ou sexta-feira, não é um dia ÚTIL; é menos um dia no calendário; é um dia não-dia, em que as pessoas sentem mais intensamente o vazio que está dentro delas. Estranho...pois não deveria ser assim.

Se existe alguma conclusão fixa a que eu possa ter chegado, depois de alguns poucos anos de vida, é esta: não tente conhecer outro alguém se você não conhece a si mesmo o bastante. Tempo que se fica sozinho não é tempo perdido. Pelo contrário. É oportunidade de conhecer mais você mesmo. Suas qualidades, seus defeitos, suas virtudes, seus vícios. Em que você pode melhorar, se aperfeiçoar, valorizar suas amizades. Enfim, é tempo de fazer um estudo de si mesmo.

Porém, o que ocorre hoje é que as pessoas estão com medo de se autoconhecerem. Evitam, a qualquer preço, se auto-ouvirem. Passam as suas vidas tentando encontrar, em outra vida, a razão do seu viver. Mas, como diria Mário Quintana: “Não corra atrás das borboletas. Cuide do seu jardim que elas virão até você”. É exatamente isso que está faltando nos dias de hoje. Dê mais atenção a você; dê mais tempo a você. O resto é conseqüência.

Não vou dizer que ficar sem namorar é fácil ou desejável, até porque hipocrisia não faz o meu gênero. Não namorar é lutar, é relutar contra a própria natureza, contra o próprio impulso humano. E, por ir contra a algo intrínseco ao ser-humano, é um processo doloroso. Contudo, o fato de ser doloroso não quer dizer que, necessariamente, tenhamos que sofrer. Como dizia Drummond: “a dor é inevitável. O sofrimento é opcional”.


A dor advém de fatos inerentes à vida, quer queiramos ou não. Já o sofrimento nada mais é do que aquilo que fazemos com a nossa dor. É como se a dor fosse uma semente. Se nós a alimentarmos e regarmos todo dia em terra fértil, ela crescerá e ganhará sustentáculos, ou seja, se desenvolverá. Em outras palavras, esse desenvolvimento é o próprio sofrimento.

Portanto, não faça do seu coração – e da sua mente – um terreno propício ao cultivo da dor. Não a alimente em hipótese alguma. Não confunda dor com sofrimento. Não confunda estar sem namorado com perda de tempo. Dê mais ouvido ao silêncio que brota de dentro de você. E mesmo quando encontrar o amor da sua vida – ou se já o tiver encontrado – você precisará cultivar o seu jardim continuamente, para que, desta forma, o perfume nunca pare de exalar de suas flores e o amor possa renascer, a cada novo dia, de forma plena.



(Por Fernando Khoury)
:: Agir ou Esperar? A solução é plantar ::
"Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da língua é do Senhor. O coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe dirige os passos". (Provérbios 16)

Imagine um pote cheio de sementes de árvores maravilhosas e frutíferas. Cada uma dessas sementes é diferente da outra e gera uma árvore diferente. Pois é... Esse pote é dado por Deus a cada pessoa que O busca verdadeiramente. Deus nos ama tanto que nos dá vários potes com milhões de bênçãos em potencial. Cada pote para determinado tipo de necessidade: um pote para amigos espirituais, outro pote para empregos e, dentre tantos outros, recebemos também o pote do relacionamento amoroso.

Este último pote, como todos os demais, possui milhares de sementes. Todas elas contribuirão para algum propósito que Deus tem em nossas vidas. Contudo, se o homem não pegar a semente e lançá-la à terra, plantá-la e regá-la diariamente, ele nunca verá com seus próprios olhos a benção que Deus deu a ele em potencial, e jamais poderá colher os seus frutos. Isso porque é Deus quem dá as sementes, mas ao homem cabe plantar, semear e colher.

De fato, nem todas as sementes deste pote levarão a bênçãos definitivas. Algumas delas, quando cultivadas, mostrarão algo que Deus quer que aprendamos. Outras acrescentarão ao nosso crescimento espiritual. Em outros casos, Deus não permite nem mesmo que as sementes sejam germinadas, assim como um bebê que não sai com vida do ventre de sua mãe. Não dá para entender, mas Deus tem um propósito até para a semente que não germina.

Assim, apenas uma das sementes de todo o pote, quando plantada, irá dar origem a uma “árvore definitiva” – o casamento. E quando esta semente dá fruto, Deus faz explodir todo o pote de relacionamentos amorosos.

É aí que entra o versículo “o coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe dirige os passos”. Ou seja, o coração do homem escolhe a semente, mas é Deus quem diz o que e até quando ela vai gerar. Ao escolher a semente, o homem está propondo o seu caminho. Ao gerar certo tipo de árvore, Deus está dirigindo os passos.

Deste modo, algumas pessoas, por vontade exclusiva de Deus, cultivam logo a semente definitiva. Mas a maioria delas, também por vontade exclusiva de Deus, cultiva primeiro as sementes temporárias, que serão bênçãos necessárias para o crescimento almejado por Deus na vida de cada semeador.

Portanto, plante, cultive, regue. Faça o que estiver ao seu alcance. O resto cabe a Deus, pois é Ele quem dá a vida ou tira a vida da semente cultivada. Mas uma coisa é certa: se você estiver buscando a Deus verdadeiramente, essa semente cultivada será benção em sua vida, independente de que tipo de árvore venha a gerar, pois Deus se importa em primeiro lugar em ter seu coração. Qualquer coisa além disso, para Deus, é secundário. Não é destituído de importância, mas apenas secundário.


(Por Fernando Khoury)
:: Para Sempre :: (Dia das Mães)
Pensei, pensei e pensei... Rabisquei e, logo em seguida, risquei as poucas palavras que havia escrito.

É difícil colocar no
papel tudo que sinto pela minha mãe. É difícil encontrar palavras para agradecer a uma pessoa que carrega em seu interior o genuíno amor de Deus, em toda sua simplicidade e grandeza. Receber um abraço da minha mãe é receber um abraço do próprio Deus.


É por isso que faço uso, neste momento, das palavras de Drummond...para não trair meu próprio coração numa vã tentativa de expressar em palavras o inefável.

Mães não morrem...Nós é que morremos no dia em que elas se vão.

(por Fernando Khoury)

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PARA SEMPRE
(Carlos Drummond)


Por que Deus permite que as mães vão se embora?
Mãe não tem limite.
É tempo sem hora,
luz que não apaga quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido na pele enrugada.
água pura, ar puro, puro pensamento.
Morrer, acontece com o que é breve
e passa sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é a eternidade.
Por que Deus se lembra (mistério profundo)
de tirá-la um dia?...
Fosse eu rei do mundo,
baixava uma lei:
"Mãe, não morre nunca.
Mãe ficará sempre junto de seu filho.
E ele, velho embora,
Será pequenino feito grão de milho"
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