:: O maior resgate ::



Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?
Romanos 7.24

"Porque o mundo passa, bem como a sua concupiscência, mas o que faz a vontade do Senhor permanece para sempre."
Tiago 4.14

"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.”
João 11.25

“Eu enxugarei de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor.”
Apocalipse 21:4

Trinta e três soterrados, 70 dias de confinamento, 700 metros de profundidade, 22 horas de resgate. Homens salvando homens. Homens trazendo alegria a homens.

Sem dúvida, uma vitória da humanidade. Um resgate engenhoso, sem precedentes na história. Um salvamento digno de gerar em nós um dos mais nobres sentimentos humanos: a compaixão.
Contudo, um resgate temporário. Um resgate que se limita a adiar a morte que bateu à porta daqueles mineiros. Um resgate que não soluciona – apenas posterga – o problema da humanidade. Um resgate que tem o simples efeito de agendar outro dia para as lágrimas de dor e tristeza caírem. Um resgate que coloca um sorriso sincero, mas com prazo de validade no rosto. Porque o “pra sempre” do homem sempre acaba.
Um dia, todos os 33 resgatados, que hoje estão felizes e sorridentes ao lado de suas famílias, irão morrer...assim como eu e você.
E, antes que você lance sua pedra contra mim, isso não é ser pessimista. Na verdade, é ser realista...pois a nossa realidade que é péssima.
A morte não tem hora pra chegar, não importa o quão saudável ou seguro você esteja. Sua hora é incerta, mas sua vinda certa. E essa certeza da morte é capaz de causar em nós uma sensação de vazio inesgotável. Estamos presos num poço profundo, muito mais terrível do que aquele que assolou os mineiros. Um buraco negro assombra nossa alma dia e noite, ameaçando nossa existência.
É por isso que a maioria de nós prefere viver escondendo essa certeza, como se ela não existisse, como se representasse apenas uma ideia vaga e abstrata que só poderá nos alcançar quando já estivermos bem velhinhos. Já reparou que sempre encaramos nossa morte como algo que só acontecerá no futuro, nunca no presente?
Vivemos como se não fossemos morrer nunca... como se a morte só chegasse para os outros. Vivemos achando que somos eternos.
Amamos a vida, amamos viver... Viagens, família, amigos, saúde, grandes amores, reconhecimento profissional. Porém, tudo que amamos, tudo aquilo a que nos dedicamos de corpo e alma está apodrecendo lentamente, num cenário em decomposição.
Ao nos deparamos com esse quadro, somos esmagados pelo caráter breve e finito da vida. Nos desesperamos ao perceber que a vida que tanto amamos é irreal. Todos temos, dentro de nós, uma ansiedade existencial latente, pois nossa alma clama por algo que não é dessa vida.
Sim, todos nós temos um vazio. Todos sentimos um espaço não preenchido em nosso coração. Porém, a maioria de nós prefere fingir que esse vazio não existe. Prefere passar a vida inteira ignorando uma carência universal que toda pessoa tem, mas que poucas assumem sentir.
Hoje, as pessoas se acostumaram a encher-se do vazio do mundo. Utilizam como remédio para a brevidade da vida fórmulas igualmente breves e efêmeras. Vivem tentando preencher esse vazio com coisas passageiras, como se fosse possível encaixar um objeto quadrado num espaço circular. Não há como preencher, porque são naturalmente incompatíveis entre si. A efemeridade nunca vai preencher o anseio de eternidade do homem.
O que mais vejo são pessoas que precisam matar a sede, mas bebem refrigerante. Precisam de compromisso, mas preferem viver aventuras passageiras. Precisam de amor, e só procuram prazer. Precisam de um caminho, mas andam sem direção. Precisam de verdade, mas vivem na mentira. Precisam de vida, e escolhem a morte. Precisam de Deus, e se declaram autossuficientes.
Miseráveis homens que somos! Quem nos libertará do corpo sujeito a esta morte?
Jesus. Deus resgatando homens, trazendo paz e alegria eternas a homens perecíveis, mortais e frágeis, como eu e você.
Um resgate eterno. Um resgate que elimina a morte e resolve de uma vez por todas o problema da humanidade. Um resgate que enxuga definitivamente toda lágrima, cura toda dor, consola todo pranto. Um resgate que coloca para sempre um sorriso sincero no rosto daqueles que creem no Seu nome e vivem como Ele viveu. Porque o que Deus planeja dura para sempre.
Uma humanidade de soterrados, a eternidade de confinamento, uma profundidade sem fim, 3 dias de resgate. Deus salvando homens. Deus trazendo a verdadeira alegria a homens. Ressurreição. Vida eterna. 

Por Fernando Khoury
:: Pensei no meu filho e criei forças ::



“E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol.”
Lucas 23.44



Hoje foi um dia incomum. Pelo menos para quem mora no Rio de Janeiro, hoje foi mesmo um dia atípico. Durante todo o dia, não conseguir ver sequer um raio de sol atravessando as nuvens, nenhum passarinho cantando, nenhum sinal de vida brotando da natureza, nenhuma cor alegre refletindo no horizonte… É verdade, hoje foi um dia um pouco sombrio; um dia em que o sol não apareceu. Talvez, por isso, um dia propício à reflexão.

Foi num clima assim — um pouco frio e bastante cinzento — que, de tarde, ouvindo um forte e constante barulho de chuva do lado de fora da janela, resolvi acessar a internet para ler algumas notícias. Abri o site, mas não consegui ler mais do que uma notícia, pois meus olhos, como um objeto de metal atraído irresistivelmente pela força magnética de um imã, pararam fixamente na primeira manchete do jornal on-line, que dizia:
“PENSEI NO MEU FILHO E CRIEI FORÇAS
Mãe arrastada pela enxurrada em SP conta como escapou da morte”.
A reportagem tratava da gigantesca enchente que assolou a cidade de São José do Rio Preto, em São Paulo, no ano de 2010, transformando uma simples rua num verdadeiro rio caudaloso, que arrastou consigo várias pessoas que por lá transitavam, quase levando-as à morte. Uma dessas pessoas era Gisele, mãe viúva de uma criança de 6 anos.

Gisele foi arrastada violentamente pela enxurrada, e chegou a ficar desaparecida por mais de dois minutos, pois estava presa embaixo de um carro atolado na imensidão de água. Após muito esforço, e quase tendo sucumbido à morte, Gisele conseguiu erguer a mão, ainda com o rosto sufocado e submerso, e, assim, chamar a atenção de alguns voluntários para salvá-la.

Depois de resgatada, ao ser questionada de onde teria vindo tamanha força interna para resistir, a mãe em prantos desabafou:

Pensei no meu filho, porque ele perdeu o pai faz dois anos, e pensei que não podia deixá-lo só, tinha que lutar pelo menos por ele. Foi quando eu criei forças e consegui erguer a mão para alguém me ver”.

E foi justamente essa declaração que me fez refletir.

Fico pensando, comigo mesmo, se não foi exatamente esse um dos sentimentos — ou talvez o principal sentimento — que encorajou e motivou Jesus a vencer as tentações, a humilhação, o sofrimento, o medo e a dor da terrível morte de cruz que se aproximava.

Consigo imaginar Jesus — no ápice de seu sacrifício cósmico, quando, aflito, clamou em tom contundente: “Pai, afasta de mim esse cálice, mas seja feita a sua vontade” — sendo movido internamente pelo mesmo sentimento que moveu aquela mãe desesperada. Consigo visualizar o coração de Jesus pulsando com o amor de Deus Pai pelo meu nome, batendo pelo seu nome, e dizendo:
PENSEI NOS MEUS FILHOS E CRIEI FORÇAS… Pensei nos meus filhos, porque eles se perderam do Pai faz muito tempo, e pensei que não podia deixá-los sozinhos. Eu tinha que lutar por cada um eles. Foi quando eu criei forças e consegui erguer a minha voz, para que o Pai fizesse a sua vontade… Pensei no amor que sinto pelos filhos que o Pai me confiou, para que eu criasse forças de morrer no lugar de cada um deles, para sofrer em meu próprio corpo o castigo que lhes traz a paz eterna e, assim, restabelecer o contato e a intimidade que, um dia, eles tiveram com o Pai ”.
Assim como aquela mãe viúva, o que motivou Jesus a prosseguir em seu objetivo foi a vida do filho e o amor incondicional por ele. Contudo, há uma grande diferença entre o resultado que esse sentimento de amor produziu em relação à mãe e em relação a Jesus.

De fato, para a mãe, o amor ao filho gerou forças para sobreviver e escapar da morte. Para Jesus, o amor ao filho gerou forças para morrer e vencer a morte. A mãe “escolheu viver” porque o filho havia perdido o pai; porque era humanamente impossível trazer um pai morto de volta ao seu filho. Jesus escolheu morrer porque os filhos haviam se perdido de seu Pai; porque era divinamente possível e desejável trazer os filhos mortos em seus delitos e pecados de volta à vida de intimidade com seu Pai.

Sim, eu e você estávamos espiritualmente mortos, porque, um dia, abandonamos o Pai. E, por causa do nosso pecado, perdemos a plena comunhão que tínhamos com Deus. Equivocadamente, muitas pessoas acreditam não apresentar pecado ou, muitas vezes, nem sabem direito o que significa pecar…mas pecado é apenas isso: um estado interno de rebeldia e de separação do cuidado e do amor de Deus, que todo ser humano voluntariamente apresenta em seu coração. Pecado não é simplesmente um ato, mas uma manifestação externa de uma prévia disposição interna.

Com um amor muito mais profundo e um grito muito mais sofrido do que o daquela mãe, Jesus escolheu nos resgatar ao amor de Deus. Como? Através de sua morte e ressurreição. Jesus veio restaurar justamente esse elo perdido com o Pai. Ele pagou o preço do nosso pecado — a morte — em nosso lugar. O justo pelos injustos. O santo pelos pecadores. Jesus morreu a nossa morte para que nós pudéssemos viver a sua vida.

Foi há dois mil anos atrás, num dia como hoje — em que o sol se escureceu, deixando o clima cinzento, frio, sombrio e sem cor — que Jesus morreu. Morreu por mim, morreu por você, para que um dia o sol voltasse a brilhar, e, assim, nós pudéssemos voltar a sentir o calor, a alegria, o esplendor e a expressão viva do amor do Pai. Esse dia se chama hoje. Por isso, pare de perder tempo. Pare de abandonar o Pai. Pare de dar as costas para aquele que sempre pensou, e continua pensando, em você.
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“Disse Jesus: amem uns aos outros como eu amo vocês. Ninguém tem amor maior que este: de dar alguém a sua própria vida pelos amigos.” – João 15.12

“Se vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está no céu, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” – Mateus 7.11

“Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram!” – Mateus 23.37

“E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até à hora nona, escurecendo-se o sol.” – Lucas 23.44

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