:: Órfãos de Deus ::
Pai, eu quero te agradecer por estarmos aqui. Sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos. Pai, nós somos gratos pela vida do Durval ter sido instrumento de benção para nossas vidas, para essa cidade. Tantas são as investidas, Senhor, de homens malignos contra a vida dele, contra nossas vidas. Precisamos dessa tua cobertura, dessa tua graça, da tua sabedoria, de pessoas que tenham, Senhor, armas para nos ajudar nessa guerra e, acima de tudo, todas as armas podem ser falhas, todos os planejamentos podem falhar, mas o Senhor nunca falha.


O que você achou dessa oração? À primeira vista, é uma oração muito bonita. Parece mostrar um coração sincero, humilde, confiante na vontade e na infalibilidade de Deus e disposto a lutar e a servir em sua obra aqui na Terra, não importa o que aconteça. A estrutura dessa oração lembra, até mesmo, alguns dos lindos Salmos que encontramos na Bíblia.

Mas as semelhanças param por aí. Quem fez essa bela oração não foi Davi, Salomão ou Asafe. Quem chamou Deus de Pai, dessa vez, não foi Jesus. E quem agradeceu pela benção concedida e pediu armas para combater um bom combate tampouco foi Paulo. Quem orou como o salmista, chamou a Deus de Pai como Jesus e buscou forças para combater um bom combate como Paulo foi o “nosso irmão em Cristo” Rubens César Brunelli, membro e deputado distrital do Partido Social Cristão.

Brunelli, como bom cristão que é, freqüentava assiduamente uma reunião para colocar em prática sua fé. Contudo, não se tratava de uma reunião qualquer. Segundo fortes indícios colhidos pela Polícia Federal, o principal objetivo do encontro não era buscar e cultuar a Deus, mas sim obter o pagamento de mensalão para a base aliada do governo do Distrito Federal, num esquema de caixa dois que teria sido montado pelo governador José Roberto Arruda (Partido Democratas) durante a campanha eleitoral de 2006.

O vídeo – gravado e espalhado em diversas páginas do Youtube – mostra que faziam parte dessa reunião outras duas pessoas: Leonardo (im)Prudente e Durval Barbosa. O primeiro é o atual presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O segundo é delegado aposentado da Polícia Civil e Secretário de Relações Internacionais do Governo do DF.

Ao fim do encontro, como não poderia deixar de ser, os deputados e o ex-secretário comemoram, batem palmas, se abraçam e, provavelmente se lembrando das palavras de Jesus no texto de Mateus 18.20 – “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” –, realizam uma longa oração, cheia de unção e poder do E$pírito $anto. A benção pela qual Brunelli agradece em sua comovente oração se refere aos R$ 30 mil que recebia mensalmente das mãos de Durval Barbosa desde 2002.

O que me consola é que, ao contrário do que pode parecer, os três calhordas não estavam ali “reunidos no nome de Jesus Cristo”. Logo, Jesus não estava no meio deles. Até mesmo porque Jesus não compactua com a depravação, a perversão e a corrupção do ser-humano. Quem compactua com esse tipo de postura não é o Cristo, mas o anticristo. Quem estava ali, no meio deles, é aquele que veio para roubar, matar e destruir, e não aquele que veio para restituir, vivificar e reconstruir.

Diante desse triste quadro, só consigo vislumbrar uma conclusão: Brunelli e os outros dois picaretas não oraram a Deus, mas sim ao diabo. Chamaram de pai e senhor não a Deus, mas ao Diabo. O pai da mentira, o senhor do engano, o pai da fraude, o senhor da depravação moral. Curiosamente ou não, a sigla do Partido Democratas é DEM. Isso te lembra alguma coisa?

Aos cristãos que ficam, um alerta: suas atitudes têm o poder de torná-lo órfão de Deus. Não porque Deus morreu, mas porque suas atitudes crucificam e matam Deus diariamente em sua vida. Não porque Jesus não ressuscitou, mas porque você ainda não ressuscitou juntamente com Cristo.

O filho rebelde que abandona a casa de seu pai e não o reconhece como tal é indigno de ser chamado de filho e, assim, se torna órfão de um pai ainda vivo. Da mesma forma, a orfandade de Deus não pressupõe que Deus esteja morto. Antes, pressupõe que o filho leve sua vida como se o pai – embora vivo – já estivesse morto. O que o pai pensa? Pouco importa. O que o pai quer? Pouco importa. Os que assim vivem são órfãos de um Deus-Pai eternamente vivo.

Não chame Deus de Pai se você não faz o que Ele ensina. Não chame Deus de Pai se você não se comporta como filho. Não chame Deus de Pai se você não considera seu semelhante um irmão. Se a sua vida é uma mentira, Deus não é seu Pai. O diabo é o pai da mentira, e ele está doido para adotar os órfãos de Deus.


Por Fernando Khoury

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Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.” – Gálatas 4

E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe” – Marcos 3.33

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